patrocinio

patrocinio
ligação patrocinador

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Evangelho comentou, «O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa»(Mateus 26,14-25.)


Livro de Isaías 50,4-9a. 
O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos. Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. 
O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. 
Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam.
Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio, e por isso não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido.
O meu advogado está perto de mim. Pretende alguém instaurar-me um processo? Compareçamos juntos. Quem é o meu adversário? Que se apresente! 
O Senhor Deus vem em meu auxílio. Quem ousará condenar-me? 



Livro de Salmos 69(68),8-10.21bcd-22.31.33-34. 
Por Vós tenho suportado afrontas, 
cobrindo-se meu rosto de confusão. 
Tornei-me um estranho para os meus irmãos, 
um desconhecido para a minha família. 
Devorou-me o zelo da vossa casa 
e recaíram sobre mim os insultos contra Vós. 

O insulto despedaçou-me o coração 
e eu desfaleço. 
Esperei por compaixão e não apareceu, 
nem encontrei quem me consolasse. 
Misturaram-me fel na comida 
e deram-me vinagre a beber. 

Louvarei com cânticos o nome de Deus 
e em acção de graças O glorificarei. 
Vós, humildes, olhai e alegrai-vos, 
buscai o Senhor e o vosso coração se reanimará. 
O Senhor ouve os pobres 
e não despreza os cativos. 


Evangelho segundo S. Mateus 26,14-25. 
Naquele tempo, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes 
e disse-lhes: «Que estais dispostos a dar-me para vos entregar Jesus?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata. 
A partir de então, Judas procurava uma oportunidade para O entregar. 
No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?» 
Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de tal pessoa, e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo. É em tua casa que Eu quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos’». 
Os discípulos fizeram como Jesus lhes tinha mandado e prepararam a Páscoa. 
Ao cair da tarde, sentou-Se à mesa com os Doze. 
Enquanto comiam, declarou: «Em verdade, em verdade vos digo: Um de vós Me entregará». 
Profundamente entristecidos, começou cada um a perguntar-Lhe: «Serei eu, Senhor?» 
Jesus respondeu: «Aquele que meteu comigo a mão no prato é que vai entregar-Me. 
O Filho do homem vai partir, como está escrito acerca d’Ele. Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue! Melhor seria para esse homem não ter nascido». 
Judas, que O ia entregar, tomou a palavra e perguntou: «Serei eu, Mestre?» Respondeu Jesus: «Tu o disseste». 

Evangelho comentou, 
«O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa»

Queres que te demonstre  que Cristo sofreu a sua Paixão voluntariamente? Os outros homens morrem de má vontade, pois morrem nas trevas; mas Ele dizia antes da sua Paixão: «Eis que o Filho do Homem Se entregou para ser crucificado» (Mt 26,2). Sabes por que foi que este misericordioso não fugiu à morte? Para evitar que o mundo inteiro sucumbisse nos seus pecados. «Eis que subimos a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue e crucificado» (Mt 20,13) e ainda: «Ele tomou resolutamente o caminho de Jerusalém.»

Queres também saber claramente que a cruz é, para Jesus, uma glória? Ouve-O a Ele dizer-to, e não a mim. Judas, cheio de ingratidão pelo seu anfitrião, ia entregá-Lo; acabava de sair da mesa e de beber do cálice da bênção e, em jeito de agradecimento por esta  bebida da salvação, decidiu verter sangue inocente. Ele que comera o pão do seu Mestre, agradecia-Lhe de modo vergonhoso entregando-O. [...] Depois Jesus disse: «É chegada a hora em que o Filho do Homem será glorificado» (Jo 12,23). Vês como Ele sabe que a cruz é a sua glória? [...] Não que antes Ele tenha existido sem glória, pois fora glorificado «com a glória que tinha antes da fundação do mundo» (Jo 17,5). Mas, como Deus, era glorificado eternamente, enquanto agora era glorificado por ter merecido a coroa pela sua constância na prova.


Ele não foi obrigado a deixar a sua vida, não foi forçado a imolar-Se; Ele avança livremente. Escuta as suas palavras: «Tenho o poder de entregar a minha vida e tenho o poder de a retomar» (Jo 10,18); é por minha inteira vontade que cedo aos meus inimigos, pois se Eu não quisesse, nada aconteceria. Ele veio portanto voluntariamente para a Paixão, contente com esse acto, sorrindo à coroa, feliz por salvar a humanidade.


Nenhum comentário:

Postar um comentário